10/18/2012
ACIDENTES COM MOTO
Todos os dias, morrem cerca de cem brasileiros no trânsito!
A cada ano, temos, aproximadamente, 40 mil mortes.
Uma tragédia sem comparações, maior do que as piores guerras.
Claro, metade das vítimas morre nas ruas e avenidas das cidades, onde atropelamentos, acidentes com motociclistas e bebedeira no volante se destacam como patrocinadores das tragédias.
Por isso, as operações de fiscalização, como a Balada Segura, são fundamentais.
Mas, nas nossas rodovias, a imprudência e o crime campeiam!
Alta velocidade, ultrapassagens em locais proibidos e uso de bebidas alcoólicas, entre outras drogas, formam um tripé decisivo para a perda de tantas vidas.
O Brasil paga muito caro por tudo isso!
As perdas econômicas e as vidas ceifadas precocemente, que não têm preço, se multiplicam, sem falar das aposentadorias por invalidez que inflam o déficit previdenciário no país, e gastos bilionários em internações hospitalares.
A estimativa é de R$ 25 bilhões/ano, os gastos no Brasil com a carnificina no trânsito. Se somarmos a isto os prejuízos do roubo de carros e cargas, vamos a números estratosféricos.
Por tudo isso, fica muito difícil entender o descaso dos governos com as polícias rodoviárias, tanto no baixo efetivo policial quanto na falta de estrutura, investimento em qualificação e nos baixos salários.
O efetivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no país é composto por menos de 9 mil agentes.
No nosso Estado, ele é constituído por somente 685, sendo que o ideal seriam 1.576 policiais rodoviários em atuação.
Segundo o Sindicato da Polícia Rodoviária Federal do RS, é o menor efetivo dos últimos 16 anos.
O número insuficiente de policiais nas estradas e a pouca valorização destes profissionais são uma injeção na veia do crime e da imprudência.
No momento em que se discute no Congresso Nacional a fixação de metas anuais visando à redução de mortes no trânsito, além do aumento das penas dos crimes de trânsito, cresce em importância a atuação e qualificação das polícias rodoviárias.
A impunidade no trânsito e os crimes nas nossas estradas só serão combatidos com fiscalização permanente e abordagem presencial dos policiais.
Beto Albuquerque
*Secretário de Infraestrutura e Logística do RS