10/14/2016

Egoísmo


Liberdade


Voltando

Teste para nova postagem .
Um blog para repensar o estado . 

1/25/2014

Correr é terapêutico

Correr é muito simples... Camiseta, calção, tênis e vontade.

9/22/2013

Respiração


Respiração na corrida: Boca aberta ou fechada?


Inspirar e expirar. Automático, o movimento da respiração quase não é notado. Apenas fazemos. Mas controlar esse ato involuntário pode ser um problema durante a corrida, principalmente para os iniciantes. Na verdade, o mais importante é que durante a corrida o atleta deixe a respiração o mais natural possível, não tentando ritmá-la com as passadas, que é um grande erro. “O corpo sabe quando precisa de oxigênio”, orienta Paulo Rennó, personal trainer e diretor técnico da assessoria que leva seu nome.

José Kawazoe Lazzoli, médico especializado em medicina do esporte, acredita que uma das grandes causas do baixo rendimento dos atletas em provas ou treinos é quando se respira pela boca. “A inspiração pela boca acaba ressecando as vias aéreas. Além disso, o nariz possui uma espécie de ‘filtro’ para impurezas maiores do ar inspirado. Com isso a respiração fica mais difícil”, alerta.

Boca aberta ou fechada

A verdade: não existe regra ou base científica que diga como deve ser a respiração, de boca aberta ou fechada.

Quando recebemos uma orientação que corrige a nossa respiração, podemos estar atrapalhando o sistema regulador. Este tem um centro de controle no cérebro que recebe informações detectadas por receptores sensíveis às variáveis que a respiração controla.

O que é diretamente controlado pela respiração? “Objetivamente, a quantidade e a qualidade de oxigênio no sangue. Não só o oxigênio, mas também o gás carbônico. Os receptores detectam os níveis de oxigênio e gás carbônico no sangue”, explica Flávio Freire, diretor técnico da Flávio Freire Assessoria Esportiva.

Todas as informações são levadas ao centro regulador, que ajusta a respiração para manter esses níveis na faixa normal. O ajuste é feito pelo controle do centro regulador sobre os músculos respiratórios, aumentando ou diminuindo a respiração. Todo esse mecanismo funciona de maneira autônoma, ou seja, independente do controle voluntário. Então fica mais fácil entender por que ninguém precisa pensar em respirar.

Dor do lado

Também conhecida como “dor no flanco”, ela aparece no hipocôndrio — parte baixa do abdome —, na região do fígado, logo abaixo das últimas costelas do lado direito (e, raramente, no esquerdo). Surge sempre como uma dor intensa e aguda no decorrer de exercícios, principalmente durante a corrida ou a natação. “Essa dor se deve a uma momentânea falta de oxigênio no diafragma (importante músculo que é essencial para a respiração) ou a uma distensão nos ligamentos suspensores do fígado”, explica Freire. Quando o corredor sente a dor, sua primeira reação é parar, mas não é necessário suspender o treino. Basta diminuir a intensidade da corrida que a dor desaparece em pouco tempo, permitindo que se retorne ao ritmo anterior.

Fontes: Dr. José Kawazoe Lazzoli, especialista em medicina do esporte e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBME); Paulo Rennó, formado em educação física e pós-graduado em fisiologia do exercício pela USP/SP, diretor técnico da Paulo Rennó Assessoria Esportiva; Flávio Freire, formado pelas Faculdades Metropolitanas Unidas em educação física, pós-graduado em fisiologia do exercício pela UNIFESP e diretor técnico da Flávio Freire Assessoria Esportiva.

(Matéria publicada na Revista O2, edição nº 95,março de 2011)

9/13/2013

Desafio

Eu Te DesafioEu te desafio a reclamar menos do que não dá certo. E a sorrir a cada pequena conquista. 

A, ao invés de olhar sempre para a própria vida, virar um pouco a cabeça e enxergar o outro. 

A saborear cada passo e não te preocupar somente com a meta final. 

A, por mais que as coisas fiquem nebulosas, não endurecer. 

A entender que certos vazios fazem parte do processo. 

A não esquecer das delicadezas que importam tanto. 

A lembrar sempre que todo mundo tem uma força que só aparece na hora do aperto. E a se deixar enfraquecer às vezes. 

A ter consciência que ninguém está aqui por acaso e que precisamos ter objetivos concretos na vida. E a aceitar que nem sempre descobrimos quais são esses objetivos cedo. 

A nunca desistir de tentar e a não se esconder no primeiro não. A entender que sonhos são fundamentais para a nossa sanidade mental. E a não esquecer de quem nos acolhe.

Clarissa Corrêa


9/10/2013

Trabalhe seus pontos fracos

No triathlon, além de explorar os pontos fortes, vale a pena explorar novos horizontes.
 
Foto: Shutterstock
Competir bem sempre nos traz uma satisfação pessoal, você vê que toda a dedicação está dando resultado, fica animado a dar continuidade aos treinos, o que eventualmente lhe levará ao seu potencial máximo como atleta, pois para chegar até lá, são preciso anos e anos de treinos consistentes, e frequentes competições.
Ao mesmo tempo, quando uma competição não sai como planejado, existe um sentimento de frustração, você fica sem entender porque a prova perfeita não saiu, principalmente se a dedicação esteve presente nos treinos.

O que vários atletas não sabem, é que no Triathlon, cada prova traz consigo diversos aspectos com características que são seletivas para que tipo de atleta irá ter uma boa performance ali ou não. Alguns exemplos típicos são a altimetria do percurso de ciclismo, que gera uma vantagem para os atletas com uma maior proporção de peso: força (ou seja, atletas leves e relativamente fortes) e para aqueles atletas com habilidades de descida extremamente desenvolvidas.
Um atleta que tem essas duas combinações, irá levar muita vantagem sobre um atleta com características de provas planas e com menos experiência no ciclismo, em casos extremos como um percurso de ciclismo do Ironman da França, essa diferença pode variar de 20 a 40 minutos, apenas por esses dois fatores, considerando que a forma física dos atletas é idêntica.

Utilizando esses mesmos dois atletas como exemplo, e mudando o percurso para um relevo predominantemente plano, sem poucas exigências técnicas (como o ciclismo do Ironman Brasil), é bem provável que o atleta mais pesado consiga um melhor desempenho, pois em uma posição aerodinâmica, a maior parte da massa muscular do atleta não fica exposta ao vento, sendo assim o arrasto aerodinâmico do atleta pesado é muito pouco acima do atleta mais leve, mas a diferença em potência gerada por ambos é muito grande, com uma vantagem significativa para o atleta mais pesado.

Mas o que isso tem haver com uma estratégia para definir suas provas no calendário anual?
Escolha como provas alvo para seu ano, aquelas provas em que suas características físicas são melhor utilizadas. Considere fatores wetsuit liberado na natação, natação no mar ou lagoa, vento no ciclismo, altimetria no ciclismo, vácuo liberado ou não, temperatura, e claro distância da prova.
Assim que você traçar o calendário que melhor enquadra em suas características, está na hora de fazer o contrário, levantar provas que são aquelas em que você NÃO tem a menor aptidão ou talento, exatamente para lhe tirar de sua zona de conforto, e lhe forçar a trabalhar esses pontos fracos, para no caso de provas importantes em percursos mistos, ou até mesmo se um dia participar de uma prova grande em um percurso pouco favorável (como em campeonatos mundiais de curta distancia que tem o local alternado anualmente), você ter um mínimo de experiência naquele tipo de terreno para minimizar as perdas em relação a outros atletas.

Essa abordagem também vale para os treinos. É um dos importantes fatores de se trabalhar com um treinador, alguém que consegue identificar o que é melhor para você, pois atletas que são autodidatas, geralmente preferem treinar aquilo que gostam, e não que precisam.

É muito comum ouvir relatos de atletas que acham ter um rendimento melhor em treinos longos e com baixa intensidade, do que treinos curtos de alta intensidade, os famosos "tiros", e sempre ao ouvir isso, pergunto a esses mesmo atletas com que frequência eles treinam tiros, a resposta é "quase nunca", pois todos os treinos são feitos de maneira lenta, e contínua. A boa notícia é que fica fácil identificar um ponto em que esse atleta tem muito espaço para melhorar.

Pense nisso na próxima vez em que você se sentir pouco habilidoso para participar de uma prova de ciclismo, ou sendo um atleta de provas curtas, participe de um meio Ironman, e vice versa, atletas de Ironman geralmente evitam provas curtas a todo preço, mas elas somente irão desenvolver habilidades e capacidades físicas que irão lhe gerar benefícios em sua prova principal.

6/06/2013

Preparado para corrida

Trabalhe a resistência muscular localizada para completar provas longas

Foto: Divulgação/ Flickr


A musculação é aliada dos atletas que buscam aumento de performance


A fadiga muscular é uma surpresa amarga, que desanima muitos corredores. Às vezes, a falta de preparo adequado nem é notada no treino, mas quando chega o dia da prova. Um deslize que causa tristeza e que poderia ser facilmente evitado com um bom trabalho de resistência, aliado aos treinos aeróbios.

musculação traz múltiplos benefícios para quem treina corrida, desde evitar lesões até permitir a realização de trechos mais longos e difíceis. Pernas mais fortes encaram com presteza as ladeiras tão comuns nas provas de rua, por exemplo. Veja abaixo o que você ganha, combinando o programa de corrida a uma série de musculação:

1. A recuperação dos músculos trabalhados durante o treino consome muitas calorias. Se você treina para emagrecer, vai enxugar a silhueta mais cedo do que imagina.

2. Suas pernas ficam mais fortes, respondendo com mais vigor ao treino. Em bom português: você passa a correr mais rápido.

3. Suas articulações ficam mais protegidas contra lesões.

4. Aumenta a sua resistência para trechos difíceis. Por isso, faça séries mais longas em vez de aumentar o peso das cargas.

5. Trabalha a consciência corporal. Execute os exercícios lentamente, prestando atenção nos movimentos.

6. Educa a respiração, melhorando o seu rendimento. Solte o ar quando for fazer força e inspire quando estiver relaxando.

7. Retarda a fadiga durante o treino e as provas.
Fonte: Minha Vida 
Bons treinos!
Equipe Fast Runner
Por Fast Runner

Psicologia e esporte


Artista, homem ou atleta-empresa?
Reflexão psicossocial do momento esportivo nacional
*Por João Ricardo Cozac 

O sociólogo francês Sèrge Moscovici, em sua teoria das Representações Sociais, postulou que “a ciência está atrasada diante das demandas do ser humano”. Aquilo que precisamos saber e a ciência não explica – fortalece ainda mais os balcões do senso comum. De fato, o pensamento do autor é congruente com as lacunas da contemporaneidade psicossocial do homem. 

No esporte, esse processo é perversamente verdadeiro. Perverso porque a ciência (Psicossociologia do Esporte) é capaz de produzir alternativas e contribuições fundamentais para a compreensão e prática esportiva. Por outro lado, o ser humano parece não estar preparado para abraçar seus benefícios. Por que? Motivos não faltam: interesses políticos; rigidez e superficial formação dos dirigentes e atletas diante dos aspectos mentais, emocionais e sociais; preconceito; falta de formação de bons profissionais na área; falta de organização e inspeção (além das necessárias punições) diante de atuações desprovidas de ética, cientificidade e conhecimento básico da Psicologia Esportiva. 

Clubes de futebol tem – frequentemente driblado – bem no estilo “jeitinho brasileiro” a multa prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente caso não tenham psicólogos nas categorias de base. Como? Pagando salários vergonhosamente irrisórios para profissionais assinarem o ponto. Deixam claro que o trabalho não precisa ser diário – algo leve e com uma frequência mínima estará suficiente. Pior: há “profissionais” que se sujeitam a esse tipo de situação, manchando da pior maneira possível os passos do crescimento e fortalecimento da Psicologia Esportiva brasileira. 

Além disso, os espetáculos patológicos-esportivos que a televisão não se cansa de mostrar reforçam ainda mais o trágico espetáculo da ignorância humana sob a égide do esporte. Esse TUF, por exemplo, da Rede Globo, é o maior desserviço aos conceitos éticos, sérios, respeitosos e filosóficos que uma modalidade esportiva pode e deve conter. Outro dia assisti um “lutador” (no pior sentido que a palavra pode ter) espalhar suas fezes na parede da casa dos adversários como vingança e provocação. Que tipo de mensagem será passada a um garoto que pretende treinar algum tipo de Arte Marcial? Essa equação funesta vale também para outras modalidades. Um jogador de squash que trabalho relatou que sofreu – de forma proposital – duas boladas atrás da perna de um adversário que, desde o início, se mostrou pessimamente intencionado na partida. Conclusão, o garoto se lesionou e perdeu o título do campeonato. O pai do “agressor” demonstrou um prazer sarcástico diante da “vitória” do filho.

Um triatleta – outro dia, me revelou sua conclusão sobre o assunto “Seleção Brasileira” ao comentar sobre os papéis dos profissionais no futebol – especialmente a do treinador de futebol que trabalha na CBF. Disse o atleta (sem aspas e com todo o meu respeito): “João, não existe treinador na Seleção, por um simples fato: não há treinamento. Ele é apenas um garoto propaganda que veste um uniforme cheio de patrocinadores que pagam seu salário – concede entrevistas, engole sapo, tenta não xingar os repórteres que fazem perguntas imbecis e nada mais” – uma espécie de ator que compõe o midiático espetáculo do antiesporte. 

Diante desse quadro, a necessária indagação de todos aqueles que trabalham pelas ciências humanas esportivas: onde e como habita o lado humano dos atletas? Na opinião de muitos dirigentes – a resposta é tão simples como vazia: na performance e nos títulos. Na visão de estudiosos da realidade psicossocial do esporte bretão – as reflexões são mais profundas, coerentes e necessárias para que os atletas tenham os benefícios que lhes são devidos.

Artistas de filmes de terror? Marionetes movidas pela falsa sensação de poder? Esporte empresa que conduz a que tipo de ganho? Individual, publicitário ou social? Por onde andam os conceitos básicos do esporte e da formação de atleta? 

Os aromas olímpicos ainda vivem – posso atestar, de forma silenciosa e perseverante, nos treinos diários, coerentes e sólidos de seres humanos que vivem a plenitude da identidade de atleta. Não a identidade limitada pelo senso comum banalizada por pseudo-humanistas que se prevalecem do momento atual para compor estudos e teorias que apenas constatam (e até reforçam) a engrenagem da despersonificação e desvalorização da ação esportiva mas, sim, a identidade da força, do orgulho pela legitimidade da escola e, acima de tudo, pela coerência entre o discurso e a ação. 

Ser atleta, hoje, é muito mais que vestir um uniforme cheio de logomarcas. Aliás, incrivelmente, na medida em que os desenhos histericamente coloridos surgiram nas vestimentas esportivas – mais o atleta se distanciou de suas bases e raízes. A maior ironia, no entanto, é que a capitalização do esporte – quando surgiu, prometeu condições melhores e mais dignas aos atletas e equipes. No final das contas, o abismo que foi criado entre essas condições dividiu o universo esportivo social brasileiro no melhor estilo da sociedade econômica egípcia – quando, nas estradas - pelo deserto do Saara transitam – desgovernadamente, carros esportivos valiosos e, logo ali, bem ao lado, camelos caminham lentamente no curso do sol.

João Ricardo Cozac, psicólogo do esporte, presidente da Associação Paulista da Psicologia do Esporte - vice-presidente da Sociedade Brasileira da Psicologia do Esporte. Membro acadêmico da Academia Brasileira de Marketing Esportivo e do Laboratório de Psicossociologia do Esporte da USP. Atua na área há 20 anos - atende atletas de diversas modalidades e categorias - professor responsável pelo curso de Psicologia do Esporte pela Associação Paulista da Psicologia do Esporte.

6/05/2013